domingo, 8 de abril de 2012

MAX WEBER : SOCIOLOGIA #7

      


    1) Qual a importância de Max Weber para as ciências sociais?
    Max Weber é um dos mais importantes autores para as ciencias sociais e tambem um dos mais atuais e mais estudado no momento. Weber revolucionou a sociologia definindo-a como a "ciencia da ação social". Foi um dos autores que mais defendeu a objetividade das ciencias sociais. A renuncia a julgamentos de valor também é uma caracteristica marcante na obra de Max Weber, opondo-se às ideias de Emile Durkheim . Realizou uma grande analise do mundo moderno, destacando-se em sua obra a presença da racionalização e da intelectualização.

Fonte : http://rafazanatta.blogspot.com.br/2011/09/importancia-de-max-weber.html

         2) Como weber tratava os julgamentos de valor e saber empírico?
    Para Weber, os valores e ideais que inspiram um cientista social são intrínsecos à busca do conhecimento; daí sua crítica ao positivismo. Porém, ele propunha uma clara distinção entre os “julgamentos de valor” e o “saber empírico”.
    A ciência social compreende ambos os aspectos – já que os julgamentos de valor estão no significado dado aos objetos e problemas, enquanto o saber empírico está relacionado com a busca de respostas às questões formuladas, por meio dos instrumentos racionais da ciência.
    Todavia, o cientista social não deve estabelecer receitas, nem dizer o que deve ser feito, mas sim o que pode ser feito. Isso porque a ação prática vincula-se a deveres e convicções que estão ancorados no mundo da política prática. E, para Weber, a ciência social deve distinguir-se dessa esfera tanto quanto possível.
    Nesse sentido, ele dizia que: “A tarefa do professor é servir aos seus alunos com o seu conhecimento e experiência e não impor-lhe suas opiniões políticas pessoais”.Em outras palavras, a ciência (e o professor que é representante dela) tem um compromisso com a “verdade” que não deve ser restringido pelas crenças e convicções políticas de qualquer de seus praticantes.

Fonte : http://sites.google.com/site/richardromancini/socweberiana


          3) Para Weber o que é objetividade?

    Para Max Weber objetividade é uma metodologia pelo qual se tenta explicar determinados fatos estudados, buscando alcançar as respostas sem deixar que o caráter subjetivo influencie nos julgamentos sobre tais fenômenos.
    Weber acredita que estes fenômenos científicos estão ligados com a parte subjetiva do ser humano já que é ela que faz com que se tenha interesse para tal investigação, ou seja, é ela o ponto de partida, porem ela deve ficar de fora, pois o caráter cientifico deste fenômeno deve ser puramente racional. Podemos observar isso no trecho de texto abaixo:
    “ Por certo que sem as ideias de valor do investigador não existiria qualquer principio de seleção nem conhecimento sensato do real singular e, assim como sem a crença do pesquisador na significação de um conteúdo cultural qualquer resultaria completamente desprovido de sentido todo o conteúdo do conhecimento da realidade individual, também a orientação da sua convicção pessoal e a difração dos valores no espelho de sua alma conferem ao seu trabalho uma direção”.

          4) Weber acredita na objetividade do conhecimento?
      Para Weber, toda pesquisa possui um ponto de partida subjetivo, mas seu ponto de chegada deve ser objetivo. Apesar das pesquisas possuirem um ponto de partida subjetivo, isso não destrói a objetividade da ciência. Weber concorda com o fato de que as ciências sociais lidam com o fenômeno do valor, mas nem por isso ele rejeitava o valor da imputação causal nas ciências humanas, pois eram um instrumento indispensável para a explicação dos mecanismos de entendimento da vida social. Weber também propunha a unificação das ciências humanas integrando a compreensão e a explicação em uma visão unitária da ciência.
Weber também acredita que as categorias da ciência são uma construção subjetiva do pesquisador feitos a partir de seu interesse.
Ainda que Weber não tenha defendido uma visão rigorosamente dualista da ciência, o escrito "A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social" constitui ainda hoje o principal texto para quem defende uma visão não naturalista de ciência.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber

          5) O que são tipos ideais?
     As ciências sociais têm por objetivo a “compreensão da vida que nos rodeia”, composta por uma grande diversidade de elementos. Ao considerar um objeto o cientista social tem uma tarefa bastante diferente daquela do cientista da natureza.  Como não é possível explicar uma realidade social particular, única e infinita, escolhem-se fragmentos destas através da avaliação das influências ou efeitos que se pode esperar delas. O cientista social irá atribuir a esses fragmentos um sentido, destacando certos aspectos que pareçam importantes segundo seu princípio de seleção, seus próprios valores. O cientista social irá, então, utilizar-se de métodos e conceitos que se ligam à idéia científica de teoria. Logo, a elaboração de um instrumento que irá orientar o cientista social na escolha dos pontos importantes do meio social é muito importante. O modelo de interpretação-investigação é o tipo ideal e é dele que o cientista se utiliza como um guia na construção de suas teorias na tentativa de explicar a realidade.
    O tipo ideal tem como característica a unilateralidade, a racionalidade e o caráter utópico. Quando se elabora um tipo ideal, a partir de uma realidade infinita, escolhem-se elementos que são considerados os mais importantes para a explicação. Esse processo acentua certos traços e deixa de lado outros, conferindo unilateralidade ao modelo. O tipo ideal irá existir somente como utopia e não um reflexo da realidade, é apenas um modelo simplificado do real, elaborado em traços considerados essenciais para definição do mesmo, a partir dos critérios de quem pretende explicar certo fenômeno. Irá caber à Sociologia e à História reconstruir os atos humanos, os significados dos mesmos e construir conceitos tipos sobre as regras gerais dos acontecimentos.

Fonte Geral :
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. de O.; OLIVEIRA, M. G. M. de.; Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. 2ª ed. revista e ampliada. Belo Horizonte, 2003: UFMG, 1995.

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